segunda-feira, 17 de maio de 2010

-> A INFLUÊNCIA DA LEITURA NA ESCRITA: UMA ANÁLISE EM PRODUÇÕES TEXTUAIS DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Elaíne Pereira da Silva;
Gerluce Gomes de Santana;
Janiele da Graça;
João Adauto Ramos;
Laudenir Martins dos Reis;
Rosimery Martins Elias;
Zilma Gomes de Santana.




A pesquisa realizada é destinada ao Ensino Fundamental I que nos mostra o processo de ensino-aprendizagem. Não de uma aprendizagem tradicionalista, onde podemos denominar de “alfabetização mecânica” trata-se de um processo mais amplo, pelo qual se domina a leitura, escrita e produção textual.

A leitura é uma atividade que se realiza individualmente, mas que se insere num contexto social, envolvendo disposições atitudinais e capacidades que vão desde a decodificação do sistema de escrita até a compreensão e a produção de sentido para o texto lido. Abrange desde capacidades desenvolvidas no processo de alfabetização até capacidades que habilitam

o aluno à participação ativa nas práticas sociais letradas que contribuem para o seu letramento.

A compreensão dos textos pela criança é a meta principal do ensino da leitura. Ler com compreensão inclui além da compreensão linear, a capacidade de fazer inferências. A compreensão linear depende da capacidade de construir um “fio da meada” que unifica e inter-relaciona os conteúdos lidos, compondo um todo coerente. Por exemplo, ao acabar de ler uma narrativa, ser capaz de dizer quem fez o quê, quando, como, onde e por quê. Já a capacidade de produzir inferências diz respeito ao “ler nas entrelinhas”, compreender os subentendidos, os ‘não ditos’, à realização de operações como associar elementos diversos, presentes no texto ou que fazem parte das vivências do leitor, para compreender informações ou inter-relações entre informações que não estejam explicitadas no texto.

Como a capacidade de compreensão não vem automaticamente, nem plenamente desenvolvida, precisa ser exercitada e ampliada em diversas, que podem ser realizadas antes mesmo que as crianças tenham aprendido a decodificar o sistema de escrita.

O processo de alfabetismo é concebido, hoje, como um período de aprendizagem de conceitos complexos no qual o individuo desenvolve a capacidade de compreender e produzir textos, podendo dessa forma participar de eventos sociais mediados pela escrita. O domínio dos processos de produção e compreensão textual pressupõe não apenas a capacidade de codificação e decodificação, como também os conhecimentos acerca das situações de interação mediada pela língua escrita, incluindo os conhecimentos textuais necessários à estruturação do texto e ao resgate do sentido. Logo são de fundamental importância que na escolarização inicial sejam encaminhadas atividades de apropriação do sistema alfabético simultaneamente às atividades de apropriação dos usos e das funções sociais da escrita, com reflexões acerca dos diversos gêneros de textos que circulam socialmente.

Em função dessa necessidade, o tempo pedagógico deve ser organizado de forma a enfatizar atividades voltadas para os quatros grandes eixos de ensino da língua portuguesa: linguagem oral; prática de leitura; produção de texto e análise linguística.

Outra maneira de trabalhar nesse sentido é ao fazer a leitura em sala de aula, solicitar que os próprios alunos identifiquem os marcadores de espaços (espaçamentos entre palavras, pontuação e parágrafos). A exploração desses marcadores aliados ao processo de leitura permite que os alunos descubram diferenças entre a segmentação da fala e da escrita, o que lhes será útil para o domínio da ortografia, da morfossintaxe escrita da pontuação e da paragrafação, em momentos posteriores de seu aprendizado.

Trabalhar na área da educação não é tarefa fácil hoje há grandes mudanças, pois as pesquisas e estudos já realizados mostram as exigências e os quanto os educadores devem estar capacitados para lecionar, e venham a formar indivíduos capazes de interpretar e ter opiniões no seu meio social. No entanto tudo depende do dinamismo e criatividade desenvolvidos pelo educador a cada dia procurar sempre inovar para que seus educandos tenham prazer ao ler.

Este fator tão necessário ao desenvolvimento educacional, já melhorou bastante, apesar de muitos ainda não pôr em prática esses métodos de diversificação a leitura, pois a leitura da oportunidade de vida e desenvolvimento. Lendo a criança redescobre o mundo verificando suas possibilidades.Trabalhar a leitura da maneira correta estimula a curiosidade, faz com que o educando viaje no mundo das letras, o que vem a proporcionar uma boa aprendizagem, desenvolvimento da linguagem e escrita. Além de trabalhar o senso critico das crianças.

Pois esse é um procedimento básico indispensável à aprendizagem em todas as disciplinas. O hábito da leitura pode lhe proporcionar, um ótimo desenvolvimento escolar além da sua vida diante da sociedade podendo entender os fatos que os cercam.

Para que a leitura seja sempre agradável, é preciso que se tenha o prazer de ler caso contrário não alcançará seu objetivo. Quando obrigatória àquilo que deveria ser algo prazeroso torna-se um ato desconfortável, não tirando proveito daquilo que se ler.

Ao trabalhar com a linguagem escrita, o educador poderia propor aos educandos que escrevam suas histórias de vida e que apresentem aos seus colegas, pois com isso, além de socializá-los, os educandos estarão socializando a linguagem oral a linguagem escrita. E cada educador deve demonstrar interesse por essas produções não apenas para corrigir os erros ortográficos, mas também para mostrar aos educandos que suas vidas, seus conhecimentos são importantes.

Se a criança vive num ambiente estimulador da aprendizagem, com certeza ela irá se desenvolver de forma melhor e mais rápida. Esse ambiente mediará a relação entre o sujeito que aprende e a língua escrita, enquanto conhecimento a ser aprendido o ambiente em que a criança vive, independente dos desejos e intenções dos que convivem com ela, a de “educar”. Na convivência diária, estão sendo repassados valores, normas de comportamentos, tipos de relações, informações a respeito do mundo que o cerca. A organização física do espaço escolar também é fator essencial para a aprendizagem, pois reflete as concepções pedagógicas do professor. Todos os minutos vividos em sala de aula devem ser aproveitados para obtenção do objetivo maior que é a aquisição da língua falada e escrita.

Contudo o trabalho de leitura, escrita e produções é um trabalho contínuo onde sempre terá o que ensina e o que aprender. Para que esses trabalhos sejam feitos de forma agradável e prazerosa, o professor deve, portanto buscar meios satisfatórios e divertidos, para desenvolvimento educacional a que se pretende alcançar.

No contexto educacional existem formas que transforma uma simples aula em um momento único de aprendizagem e satisfação. A diversidade de textos nos proporciona caminhos diversos a seguir, indo além da leitura mecânica dando a oportunidade de realizar a leitura dos acontecimentos que o cercam.

Tendo em vista que a leitura é a condição essencial para que se possa compreender o mundo, os outros, as próprias experiências e a necessidades de inserir-se no mundo da escrita desenvolvam habilidades lingüísticas para que possa ir além da simples decodificação de palavras.

Por fim a aprendizagem está relacionada à reflexão que os alunos podem fazer sobre ela – suas características, seus modos de funcionamento, suas regras de geração. Para que eles aprendam a ler e escrever é preciso, portanto, planejar situações didáticas específicas destinadas a essa finalidade, não basta inundá-los de letras escritas, e sim de meios que ele possa descobrir o que estas letras possam lhe dizer.

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